Liderança situacional: o que é e veja alguns exemplos

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Uma boa liderança é um dos pilares para manter uma empresa de sucesso. Isso acontece porque pessoas nessa posição têm um grande poder de influência, impactando diretamente a cultura organizacional.

Segundo uma pesquisa feita pela Gallup, gestores influenciam cerca de 70% do engajamento dos colaboradores.

Mesmo que exista um consenso do que é ser um líder de sucesso, atualmente existem diversos tipos de liderança, como por exemplo, a liderança situacional.

Você já ouviu falar desse termo? Vamos explicar o que ele realmente significa, mostrar as vantagens e alguns exemplos de grandes nomes do mercado que seguem esse tipo de liderança. Confira! 

O que é liderança situacional? 

A liderança situacional é uma teoria desenvolvida pelos estudiosos Paul Hersey e Ken Blanchard. O modelo é baseado na quantidade de direcionamento e apoio que um líder precisa oferecer de acordo com o nível de maturidade e o momento vivido pela sua equipe. 

No estudo, o nível de maturidade representa a junção entre capacidade técnica e disposição do colaborador para realizar determinada tarefa. 

Sendo assim, o líder adapta seu comportamento e forma de atuação às necessidades de performance do time, agindo com foco em fortalecer a relação com o liderado e apoiando no que ele precisa para se desenvolver. 

Para que esse modelo dê certo, há alguns pilares que devem ser seguidos: 

  • Diagnóstico: análises sobre cada situação com foco na performance do colaborador em suas atividades; 
  • Adaptação: capacidade de adaptar sua forma de trabalhar de acordo com o diagnóstico;
  • Comunicação e influência: usar uma comunicação efetiva, clara e que satisfaça as necessidades da equipe; 
  • Performance: flexibilidade de gerenciar de acordo com os resultados obtidos. Se estiverem abaixo da meta, é preciso fazer alguns testes e mudar as atitudes com o objetivo de criar uma equipe de alta performance.

Por esses e outros motivos, a liderança situacional permite desenvolvimento constante. O método é capaz de construir um ambiente voltado para a mudança efetiva de comportamento, acelerando a evolução dos colaboradores e sempre respeitando seu nível de maturidade. 

Por sua vez, os líderes sabem interpretar os cenários e responder às demandas com precisão.

Quais são os tipos de liderança situacional? 

Uma das grandes vantagens causadas pela aplicação da liderança situacional é a capacidade de saber olhar para cada situação, identificar a melhor forma de melhorá-la e construir um clima organizacional que funcione com harmonia. 

A liderança situacional conta com quatro estilos, que funcionam de acordo com dois eixos centrais: 

  • Eixo tarefa/comportamento diretivo: o líder controla a situação, determinando o que precisa ser feito, como fazer e os prazos de entrega; 
  • Eixo relacionamento/comportamento de apoio ou de suporte: envolve mais diálogo e escuta, com a ajuda do líder para desenvolver a tarefa.

Assim, é possível aplicar o melhor direcionamento para se adaptar às necessidades dos liderados. 

Conheça abaixo os quatro estilos de liderança situacional: 

Estilo 1 – Direção 

Nesse tipo de liderança, o líder usa da comunicação com o liderado para direcioná-lo. Para isso, é preciso centralizar a fala e orientar os colaboradores com clareza. 

 Isso é recomendado quando o time apresenta pouca habilidade para executar as tarefas ou mostra insegurança ao realizá-las. 

O objetivo dessa abordagem é criar movimento. Assim, em um curto prazo e com uma supervisão mais próxima, a equipe irá apresentar progresso nas habilidades e no nível de confiança. Por sua vez, o líder deve estimular o desenvolvimento contínuo. 

Estilo 2 – Orientação 

Ainda que o poder de decisão esteja centralizado no líder, esse estilo de liderança traz mais flexibilidade para discutir alguns pontos, principalmente aqueles relacionados aos motivos que levam o colaborador a fazer determinada tarefa. 

Como o foco é orientação, o líder ainda decide o que, como e quando uma atividade precisa ser feita, mas usando uma abordagem mais voltada à mentoria. Isso é aplicado quando o funcionário possui um nível de maturidade mediana. 

Além disso, esses colaboradores também apresentam bastante confiança e motivação. Mesmo assim, o diagnóstico ainda é uma etapa essencial e que deve ser usado para oferecer feedbacks construtivos para manter o desenvolvimento contínuo da equipe. 

Estilo 3 – Apoio 

A liderança situacional voltada ao apoio tem uma metodologia mais colaborativa. Por isso, o alinhamento é direcionado pelo colaborador. 

O nível de habilidade da equipe é mais elevado, fazendo com que eles realizem tarefas de forma coesa e assertiva. Porém, o time possui baixa confiança e motivação. Por isso, seu nível de maturidade é moderado. 

Sendo assim, mesmo que o time consiga realizar muito bem suas atividades, pode hesitar em alguns momentos por conta da falta de motivação ou compromisso com o trabalho. 

Nesse momento, é importante que o líder aja como um guia. Seu objetivo será ajudar o colaborador a encontrar o equilíbrio entre capacidade e motivação. 

Estilo 4 – Autonomia 

A etapa mais madura entre os estilos de liderança situacional é focada em melhorar a autonomia da equipe e suas habilidades. Nesta etapa, há mais equilíbrio entre habilidade, confiança e motivação. 

Por executarem suas atividades de forma mais estável, é possível praticar uma comunicação aberta e horizontal, em que o diálogo é direcionado do colaborador para o líder, garantindo a independência na tomada de decisão. 

Quais são os benefícios da liderança situacional? 

A liderança situacional é baseada em agir de acordo com o momento, sempre levando em consideração os aspectos individuais de cada colaborador. 

Dessa forma, fortalece a confiança dentro do ambiente de trabalho e a cultura organizacional, criando uma trilha de desenvolvimento individual. 

Veja abaixo outras vantagens em começar a praticar esse estilo de liderança: 

  • Mais flexibilidade; 
  • Maior compreensão em relação a experiências e curva de aprendizado individual; 
  • Treinamento constante dos colaboradores; 
  • Criação de um ambiente confortável e suscetível ao desenvolvimento; 
  • Considera diferentes fases de crescimento profissional; 
  • Promove adaptação independentemente do contexto; 
  • Impulsiona o trabalho colaborativo. 

Outro ponto importante é que a liderança situacional conversa muito bem com o estilo de trabalho das novas gerações. Essas pessoas se sentem mais motivadas em ambientes colaborativos mais flexíveis, focados em desenvolvimento abrangente e que acompanhe seu progresso. 

Conheça alguns exemplos de liderança situacional

Um dos conceitos mais presentes dentro da liderança situacional é que não existe apenas um estilo de liderança ou a perfeição, mas sim ações ideais dependendo de cada situação.

Nesse sentido, uma das qualidades mais importantes para um líder é a adaptação. A liderança situacional tenta abranger o máximo de grupos possíveis e com diferentes níveis de experiência. 

Não é à toa que grandes nomes do mercado já usaram essa metodologia e obtiveram muito sucesso. Conheça alguns exemplos das mais diversas áreas. 

Steve Jobs 

Mesmo que muitos acreditem que o estilo de liderança de Steve Jobs era mais autocrático, ele apresentava nuances em sua atuação. 

Quando precisava delegar tarefas, montava equipes com habilidades diferentes e criava um nível de autonomia entre elas. 

Além disso, acreditava que contratar a pessoa certa para a tarefa certa era a chave do sucesso. Assim, conseguia agir de forma menos centralizadora. 

Jack Stahl 

Jack Stahl foi presidente da Coca Cola entre 1978 e 2000. Nesse período, sempre acreditou que os melhores líderes atuam de forma situacional. 

Essa atitude o ajudou a liderar diversos times da melhor forma possível, sempre levando em conta suas características individuais e pensando na maneira mais inteligente de lidar com elas. 

Phil Jackson 

O técnico mais bem sucedido da NBA ganhou 11 campeonatos e um dos motivos para esse marco foi aplicar a liderança situacional. 

Treinando nomes como Michael Jordan e Shaquille O’Neal, Phil Jackson conseguiu se adaptar às particularidades de cada jogador, impulsionando o que havia de melhor neles.

Cíngulo como ferramenta para o desenvolvimento de lideranças

Por se preocupar com a situação vivida no momento e as características de cada um, a liderança situacional também é uma ótima ferramenta para cuidar da saúde mental de gestores e colaboradores. 

Além disso, é importante que a equipe veja esse cuidado por parte da liderança. Assim, eles compreendem que são peças-chave para o bom funcionamento do negócio e se engajam com a ideia naturalmente, ajudando a manter um clima organizacional mais harmônico. 

O Cíngulo é um sistema integrado que auxilia na manutenção da saúde mental e desenvolvimento de habilidades comportamentais e sociais de seus colaboradores. 

Isso é importante porque o autoconhecimento e o cuidado mental contribuem positivamente para a compreensão e o desenvolvimento de uma liderança situacional. 

Na terapia digital com o app Cíngulo é oferecida uma trilha de conteúdos a partir do resultado de uma autoavaliação, que mostra os pontos fortes e fracos e como usá-los a seu favor no dia a dia. 

Além disso, também disponibilizamos uma psicóloga de referência para os colaboradores, que está sempre analisando as autoavaliações e entrando em contato com aqueles profissionais que precisam de ajuda. Os casos mais graves são encaminhados para a psicoterapia resolutiva, com psicólogos treinados pelo Dr. Diogo Lara, psiquiatra, neurocientista e cofundador do Cíngulo.

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